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Arena ANTP 2025 debate integração de modais e hubs de mobilidade

Durante a Arena ANTP 2025, no 24º Congresso Brasileiro de Mobilidade Urbana, realizado de 28 a 30 de outubro em São Paulo, especialistas discutiram o futuro da mobilidade e a transformação dos terminais em hubs de transporte e sociabilidade. O evento reuniu lideranças do transporte rodoviário e urbano, gestores públicos, montadoras, encarroçadoras e empresas de tecnologia.

O painel “Terminais, hubs e integração: parcerias público-privadas para revitalização e gestão” contou com Rodrigo Fernandes Toledo (Socicam), Silvia Pereira (Metrô de São Paulo) e Rémy Tao (Agência Francesa de Desenvolvimento – AFD), mediado por Leticia Pineschi (ABRATI).

Representando a Socicam, gestora de terminais rodoviários no país e na América do Sul, Rodrigo Fernandes Toledo destacou que os terminais são essenciais para a mobilidade de passageiros e turistas e que a empresa investe em inovação, conforto e expansão de serviços, especialmente nos terminais de SP, RJ, Brasília, Campo Grande e em cidades do Nordeste. Ele também ressaltou iniciativas voltadas às operadoras regulares, facilitando logística e serviços, e alertou para os desafios do setor, como a concorrência predatória do transporte clandestino. Rodrigo sinalizou ainda que

Para Leticia Pineschi, os terminais funcionam como “salas de estar da mobilidade brasileira”. Ela reforçou que, ao oferecer conforto, serviços de qualidade e informações claras aos passageiros, os terminais incentivam o uso do transporte coletivo “por convicção, e não por necessidade”, contribuindo para cidades mais sustentáveis e menos congestionadas. Ela também destacou a importância da parceria entre operadoras regulares e gestores de terminais no combate ao transporte irregular, além do impacto da digitalização, que hoje concentra 85% das vendas de passagens de curta distância, exigindo um repensar da estrutura física dos terminais para atender melhor os passageiros.

Silvia Pereira apresentou o papel do Metrô na conectividade e experiência do passageiro, com investimentos em parcerias privadas, comunicação voltada ao turista e infraestrutura, incluindo a chegada da Linha 17 (Ouro) ao Aeroporto de Congonhas e a implantação de Wi-Fi 5G nas estações.

Rémy Tao trouxe a perspectiva internacional, mostrando exemplos franceses de Parcerias Público-Privadas e modelos de financiamento sustentável que podem inspirar o Brasil, como a Gare Saint-Lazare em Paris, onde a receita comercial sustenta operações e reformas, gerando hubs mais humanos e eficientes.

“O transporte coletivo — rodoviário, urbano ou metroviário — é o futuro da sustentabilidade e da sociedade, mais democrático e promotor de sociabilidade e troca de vivências e experiências”, finalizou Leticia Pineschi.

O debate consolidou a visão de que integrar modais, modernizar terminais e fortalecer parcerias é essencial para cidades mais acessíveis, eficientes e humanas.

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